O presidente do Senado, José Sarney, ao comentar as notícias de que os países membros do MERCOSUL tendem a suspender a participação do Paraguai como forma de crítica ao processo sumário de impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, afirmou que a medida "tem um sentido didático para desestimular providências desta natureza, que não só ocorreram no Paraguai, mas que estão ocorrendo em muitos países".
Sobre se está havendo "interferência exagerada dos outros países" na questão do impeachment de Fernando Lugo, Sarney observou: "O Brasil, como faz parte do grupo de países do MERCOSUL, não pode tomar decisão isolada. Naturalmente que essas decisões estão sendo tomadas em conjunto, acho que a presidente Dilma não faria nenhum movimento sem consultar seus parceiros. Essa é uma decisão que só quem está no governo pode avaliar."
O senador lembrou que já manifestou sua opinião a respeito da velocidade do processo que caçou o mandato do presidente Fernando Lugo "foi com uma celeridade que não dava condições nenhuma para que ele pudesse se defender". Quanto a convocação de novas eleições gerais no Paraguai, Sarney respondeu: "Aí já é um problema interno que compete ao próprio Paraguai decidir".
E concluiu: "Devemos manter nossa posição de condenação ao processo que levou ao afastamento de Fernando Lugo porque, realmente, acho que isso não é um processo democrático, normal".
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