Oficinas, cursos, seminários, apresentações culturais locais, nacional e internaci onal. A programação para a Semana da Consciência Negra, no Amapá, será extensa e diversificada, contemplando a todos os segmentos. As atividades serão desenvolvidas ao longo do período de 18 a 27 de novembro. O anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá sediará a abertura, que será marcada por uma grande manifestação cultural afrodescendente.
São muitas as novidades para este ano. A 9ª Caminhada de Zumbi dos Palmares, no dia 20, terá início na Praça Veiga Cabral e terminará no Mercado Central, com o show Tecnomacumba, da cantora maranhense Rita Ribeiro, que encantou quem foi à 48ª Expofeira do Amapá.
A tradicional Missa dos Quilombos contará com a participação especial do grupo de músicos Djembe, do Senegal, além do grupo de Marabaixo do Pavão.
Os dias 21 e 22 foram reservados às religiões de matriz africanas: Candomblé e Umbanda, respectivamente. Já no dia 23, o Centro de Cultura Negra será marcado por shows locais e virará, durante todo o dia, um espaço de Artes Integradas Negras, com exposições de pintura, fotografias, artesanato, apresentações de dança, teatro e muito mais.
A partir do dia 24 até o dia 27 acontece o Encontro dos Tambores, que passou de três para quatro dias de apresentações, reunindo 39 comunidades tradicionais e um total superior a 1.800 integrantes de grupos de marabaixo, batuque, sairé e zimba. A arena do Centro de Cultura Negra será tomada de cores, ritmos e dança.
E o principal, o governo do Estado garantirá a permanência de 24 comunidades rurais (de regiões distantes) durante os quatro dias do evento. São cerca de mil pessoas que serão alojadas em hotéis. Dessa forma, os grupos terão a oportunidade de prestigiar a apresentação dos companheiros, diferentemente dos anos anteriores, quando tinham de se apresentar e retornar, imediatamente, às suas comunidades.
Ganham as comunidades, pois poderão participar de todo o Encontro dos Tambores, e o setor econômico, com o movimento hoteleiro e em restaurantes, pois para comportar esse número de pessoas o Estado está negociando com várias empresas do ramo. "A nossa intenção é garantir uma estadia com dignidade a essas pessoas, que representam tanto para a construção da nossa identidade", explica o secretário de Estado da Cultura, Zé Miguel.
Vale ressaltar que toda a programação foi concebida e estruturada por representantes dos movimentos negros do Amapá, escolhidos por cada segmento. O governo do Estado, por meio da Secult, Seafro, Secom e Setur, está patrocinando e incentivando culturalmente a realização da Semana da Consciência, porém, a realização será dos segmentos sociais negros, com o apoio do Estado.
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