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quinta-feira, 20 de maio de 2010
INTERNAUTAS LANÇAM CAMPANHA PARA HOMENAGEAR AMILAR BRENHA
Renivaldo Costa
Foi lançada na Internet uma campanha para homenagear o compositor Amilar Brenha, dando o nome dele à ponte que está sendo contruída sobre o rio Vila Nova. Inúmeros sites aderiram à campanha. No portal "Chicoterra.com", por exemplo, do músico e jornalista Chico Terra, foi lançada, inclusive, uma enquete para saber dos internautas qual o nome ideal para a ponte. Até às 8h30 desta quinta-feira, 20, o resultado parcial era o seguinte: Amilar Brenha - 56,3%, Miguel Pinheiro Borges, 14,1% e nenhum dos dois - 29,6%.
Apesar de ter nascido na cidade de Pinheiros,no maranhão, Amilar Brenha passou os últimos anos de vida em Mazagão e foi eleito vereador pelo município.O tema foi discutido na Câmara de Mazagão em abril deste ano, por ocasião do aniversário de 19 anos da morte do compositor. E um documento chegou a ser encaminhado à Assembléia Legislativa pedindo a homenagem.
Quem foi Amilar Brenha?
Se ainda estivesse entre nós, ele teria 94 anos. Amilar Arthur Brenha era o que Vinícius de Moraes definiria com um músico que consegue unir ação, sentimento e pensamento.
Nascido na cidade de Pinheiros, no Estado do Maranhão, Amilar Brenha era filho de dona Francisca Costa Ferreira e José Raimundo Brenha. Aos 15 anos de idade, iniciou-se na música, incentivado por dois primos, que lhe ensinaram o primeiro dedilhar do violão.
Buscando sempre um aprimoramento, Amilar deixou Pinheiros e seguiu para a capital maranhense. Lá, além de aprimorar o toque com o violão, aprendeu a tocar banjo, violão elétrico, rabecão, contrabaixo, cavaquinho e bandolim, instrumento com o qual iria se consagrar.Na década de 50, Amilar Brenha ingressa no Circo Tetro Ibis, onde atua como palhaço e ator. Lá também ficou conhecido como mago do violão tenor.
Através desse reconhecimento e convidado pelo então deputado Coaracy Nunes, Amilar desembarca no Território Federal do Amapá, em 1958.Mas foi através do Regional da Rádio Difusora de Macapá que Amilar Brenha expandiu amizades e se tornou conhecido nos mais longínquos recantos desse Estado. A convite do violonista Nonato Leal, ele ingressa no conjunto de Aymoré Batista e passa a receber elogios públicos de autoridades da música como é o caso do mestre Oscar.
Na década de 80, o governo do Território financia a prensagem do disco de Amilar. O músico, como forma de agradecer pelo incentivo do amigo, convida Nonato Leal para gravar junto. Na verdade, numa das faces do disco ficariam músicas de Amilar e noutra, músicas de Nonato. O violonista Nonato, entretanto, abre mão do convite para aquele que seria o seu primeiro disco.
Em 85, Amilar Brenha se muda para Mazagão a trabalho. Sua popularidade cresce a tal ponto que ele é eleito vereador daquele município.Acometido de problemas de saúde, Amilar Arthur Costa Brenha retorna para a capital e vem a falecer em 20 de abril de 1991. O trabalho do artista, entretanto, continua mais vivo do que nunca. Sua trajetória pelos grupos Os Piriricas e Café com Leite firmou marcos na música regional.
Como Sebastião Mont'Alverne o definiu num artigo publicado por ocasião de sua morte: "Era um maranhense de nascimento, amapaense por adoção e mazaganense de coração"
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