As empresas de transporte de passageiros que atuam na linha intermunicipal Macapá – Santana criticaram as declarações do Departamento de Transportes da Setrap, de que não haveria interesse das empresas em investir no itinerário.
De acordo com Renivaldo Costa, assessor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setap), uma das grandes metas das viações que atuam do setor é melhorar o atendimento e a qualidade do transporte coletivo intermunicipal nas cidades de Macapá e Santana. Entretanto,
a Secretaria de Estado de Transportes (Setrap) insiste em não discutir os meios à consecução dessa meta. “O principal dele s é a discussão da tarifa, que está há mais de três anos defasada”.
Ele explica que a tarifa Macapá – Santana é de R$ 1,80, mais barata que a tarifa urbana da capital, que é de R$ 1,95. Há mais de dois anos as empresas tentam reajustar o valor, com o compromisso de renovar a frota e aumentar o número de veículos, entretanto a Diretoria de Transportes não tem mostrado interesse em discutir o assunto. “Mesmo com todas as dificuldades, as empresas vêm mantendo os veículos circulando na linha. O que é mais estranho é que ‘roemos o osso’ esses anos todos, e agora a Setrap vem falar em licitação para entrada de novas empresas e de reajuste da tarifa após o processo licitatório. Se há interesse real em melhorar de imediato o serviço, por que não discutir agora a tarifa?”, indaga o assessor.
Renivaldo Costa confirmou a presença de representantes das empresas nas audiências públicas agendadas para os dias 26 e 27 deste mês em Santana, no prédio do Serviço Nacional da Indústria (Senai), na Vila Amazonas e no prédio do Senai, situado à Avenida Padre Júlio Maria Lombard, no Santa Rita. Ele acredita, no entanto, que as audiências não atingirão o principal objetivo, que é o de apresentar propostas concretas para a melhoria do sistema.
Ele denuncia que o projeto básico para elaboração do Edital de Licitação para a concessão de serviços públicos de transporte coletivo intermunicipal, que será submetido à discussão, adequação e aprovação durante as audiências, foge da realidade econômica do Estado. “A Setrap quer que as empresas tripliquem a oferta de veículos, com a ressalva de que sejam adaptados com elevadores para cadeirantes e com ar condicionado. Ninguém tem condições de oferecer um serviço destes com uma tarifa de R$ 1,80”, desafia.
Renivaldo Costa também desmentiu o diretor de transportes da Setrap, Carlos Alberto Pinto, sobre supostos atrasos e redução da frota em horários de pico. “Temos cumprido em 90% nossos horários e para amenizar os problemas, aumentamos a frota nos horários considerados de pico”, afirma.
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