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sexta-feira, 18 de maio de 2012
Professores a favor do reajuste de 15,56% protocolam documento para convocar nova assembleia geral
Por: Carla Nobre
O documento protocolado nesta quinta-feira, 17, às 17h, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap), contendo mais de 800 assinaturas de professores que aceitam o reajuste de 15,56% e que querem o fim da greve, revela que nem todos concordam com a atual postura do presidente da categoria, Aroldo Rabelo, que só aceita encerrar a paralisação se o reajuste for de 20%.
Os professores argumentam que a direção do sindicato não chamou para apreciação em assembleia geral a última proposta apresentada pelo governo do Estado, que garante reajuste salarial à classe em 15,56%, o que é considerado o maior aumento salarial dos últimos 16 anos, além do pagamento das progressões e outros benefícios.
“Em assembleia geral, a categoria decidiu pela rejeição da proposta do governo e pela greve, mas agora a situação é outra. Um grupo de mais de 800 professores quer os 15,56% de reajuste, então o presidente Aroldo Rabelo tem que convocar nova assembleia para que a maioria diga o que quer. Ele não pode radicalizar e achar que a primeira opinião tem que prevalecer para sempre”, desabafou a professora Sandra Picanço.
Agora, após o protocolo das assinaturas, a direção do Sinsepeap terá 72 horas para chamar uma nova assembleia geral. A professora diz que, se for necessário, a comissão vai acionar a Justiça. “Ele precisa respeitar esses quase mil professores e convocar assembleia geral e, lá, vamos avaliar o que é melhor para o coletivo”, ponderou Sandra.
Além do reajuste de 7% no salário base, o governo garantiu um reajuste linear de 8%, celeridade no processo de promoções dos professores da classe A para a classe C, bem como acelerar a implementação do projeto Professor Conectado. Também garantiu o chamamento imediato dos mais de 1.400 professores aprovados no último concurso da educação.
No que diz respeito à estrutura física, garantiu a reforma, ampliação e construção de 40 escolas que estão em andamento, ampliando vagas e proporcionando melhor condição de trabalho aos professores. Em relação à gestão democrática, uma das bandeiras do Sinsepeap, o governo também declarou que vai dar início a esse processo, bem como a implementação dos Conselhos Escolares. E uma das propostas mais importante diz respeito ao pagamento retroativo das promoções concedidas em 2010 e 2011, a partir de agosto de 2012.
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