terça-feira, 21 de junho de 2011

SITUAÇÕES ENCONTRADAS NO PROJETO ARCAS DAS LETRAS

ARTIGO DE PÓS-GRADUAÇÃO NO CURSO DE METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR: ARCAS DAS LETRAS:
O FUNCIONAMENTO DO PROPRAMA NAS COMUNIDADES RURAIS DO AMAPÁ
AUTORES: CLAUDIONOR DOS SANTOS E RAIMUNDO GARCIA BRITO.

As visitas foram instrumentos fundamentais para a comprovação de problemas e deficiências existentes no desenvolvimento das atividades do programa na maioria das localidades pesquisadas. Fragilidades que comprometem a eficácia do funcionamento do projeto, conforme os objetivos do governo federal, que investe na implantação das bibliotecas, no sentido de diminuir as fronteiras e o isolamento cultural nas comunidades onde o acesso à leitura é quase inexistente. Nem todas as comunidades estão com as bibliotecas instaladas como consta no mapa do Ministério do desenvolvimento Agrário, elaborado com base nas informações enviadas pelo INCRA/AP. Na comunidade do Carmo do Maruanum, por exemplo, a biblioteca, que segundo o mapa, deveria ter sido instalada no final de 2009 para atender 300 famílias, ainda não chegou ao conhecimento dos moradores do lugar. O mesmo acontece na área de assentamento do Retiro Santo Antonio da Pedreira, onde existem 25 famílias morando, mas de acordo com o morador mais antigo, José Nazaré Adaci de 87 anos, nenhuma biblioteca foi implantada. No distrito de Curralinho, a biblioteca é cuidada por uma agente de leitura que mora em outra região e só vai ao local uma vez por semana. Nessa localidade, o projeto deveria atender principalmente os alunos da única escola existente.
No distrito do Curiaú, a “Arca das Letras” é administrada por um garoto de 11 anos de idade, que nem mesmo recebeu treinamento para ser agente de leitura. Ele recebeu a biblioteca do tio, que era o agente de leitura, mas teve que mudar para outra localidade em busca de emprego. Porém, o programa é muito bem utilizado nas demais regiões visitadas. Em locais como as escolas agrícolas citadas anteriormente, os acervos são aproveitados, principalmente para pesquisas escolares e de interesse das atividades agrícolas. As comunidades também se interessam por literaturas de aprendizagem profissional, culturas regionais e meio ambiente.

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