A presidente da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac), Cristina Baddini, fez duras críticas à organização da 50ª Expofeira do Amapá, que encerrou na última semana com inúmeros transtornos aos usuários de transporte coletivo.
De acordo com Baddini, em entrevista aos jornalistas Eden Carlos e Douglas Lima, a CTMac não foi chamada para planejar o evento. “Nós tivemos problemas com a Expofeira desde o seu início. A CTMac nunca foi chamada para fazer uma programação conjunta”, desabafou.
Ela atribuiu à falta de segurança no estacionamento a suspensão do serviço de transporte no encerramento do evento. O comandante da Polícia Militar, Cel Barbosa, chegou a afirmar que as depredações ocorreram após a suspensão do serviço. Baddini contestou o comandante e disse que a situação foi inversa. “O transporte coletivo só parou de circular por conta da situação de depredação que estava havendo”, afirmou.
Ela foi mais incisiva. “Nós tivemos muitos problemas no estacionamento dedicado aos ônibus. Ônibus foram depredados, pessoas foram esfaqueadas. Nós tivemos contato com a segurança pública para que tivesse reforço. A meia noite o meu pessoal de campo começou a me ligar, relatando problemas. Às 2 horas da manhã uma pessoa foi esfaqueada dentro de um ônibus. O que gerou de fato a retirada dos ônibus foi a depredação que estava acontecendo, e a gente lamenta muito”.
A entrevista foi concedida na segunda-feira, 7, na Rádio 90,9 FM logo após o episódio apelidado de “círio antecipado”. Estranhamente no final da tarde, em entrevista à mesma rádio, Baddini mudou totalmente o discurso. Poupou o governo do Estado, elogiou a organização da Expofeira e atribuiu todos os problemas às empresas de ônibus. Na quinta-feira, 10, ao ser ouvida pelos vereadores, Baddini não quis comentar as contradições em seu discurso.
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