quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A CULTURA POPULAR NO AMAPÁ



POR: Claudionor dos Santos

Fragrimentos do meu T.C.C: "A Cultura Amazônica em Especia a Cultura do Amapá e a Impontância do Marabaixo para o Folclore Local".

2.7 LENDAS

2.8 CONCEITO

São narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura. (MORAIS, 2007, p.35).
Portanto as lendas podem ser consideradas como fantasias ou ficção, misturando com as realidades dos fatos, ela faz parte da tradição cultural e vem sendo contadas através dos tempos, usando fatos reais e históricos para dá suporte as história, mais junto com eles é usado à imaginação para aumenta o ponto do momento ideal da história que esta sendo contada.
O autor Morais (2007, p.38-66), nos apresenta em sua visão as seguintes lendas do Estado do Amapá:

A COBRA SOFIA

Diz à lenda que há muito tempo atrás. Vivia em uma aldeia na ilha de Santana, uma linda índia que se chamava “ICORÔ. A beleza da índia era tão grande, que todos da tribo a invejavam e se sentiam enciumados, pois, era muito cortejada transformando sua felicidade em uma prisão, seu destino estava traçado pelo Deus Tupã. Icorã, quase não saía de oca e as poucas vezes que saíam eram à noite quando ia à beira de um lindo e grande lago, conversar com a lua sobre o seu sofrimento. Um dia ICORà saiu para se banha no lago e foi avistado pelo Boto TUCUXI, que ficou loucamente apaixonado por ela, transformou-se em um belo homem e foi até à moça, que também gostou dele, rendeu-se ao seu encantamento e a deixou possuí-la. Em poucos meses ICORÃ, sentiu que estava grávida e descobriu que o filho era de um boto. ICORà com vergonha de sua tribo, embrenhou-se na mata, até nascer à criança.
Quando a criança nasceu e deu o nome de SOFIA e atirou-a no lago para que morresse afogada e nem se tornasse suspeita de que tinha tido uma criança. Depois retornou à aldeia, mas o boto viu a índia jogando a criança no lago, ele pegou e a transformou em cobra d’água para evitar sua morte. Depois de muito tempo, certo ICORÃ, encontrava-se à beira do grande lago e viu uma cobra grande, com um olhar estranho e aproximando-se dela, mas ICORÃ saiu assustada com medo da cobra. Na noite seguinte o boto TUCUXI, revelou em sonho o segredo. No outro dia, ICORÃ foi até o lago e a imensa cobra, de longe rebujava e foi embora para o rio. ICORÂ chorou muito, mas sabia que o destino a predestinava e a cobra foi morar na ilha de Santana. Contam que o Rio Matapi e o Igarapé da Fortaleza foram formados pelo seu trajeto.
Diz o senhor Domingos, morado antigo da ilha de Santana, contam que deram um tiro na cobra Sofia e que ela ficou cega de um lado. Contam também que se alguém que se tentarem mata-la, a ilha de Santana vai toda para o fundo, pois, ela que sustenta a ilha.

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