terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Abertura do Carnaval do Povo agita a Vila de Mazagão Velho com show da Banda Placa

A Banda Placa fez a apresentação de abertura do Carnaval do Povo 2102. O show aconteceu na noite desta segunda-feira, 23, em Mazagão Velho, durante a festa de aniversário dos 242 anos da vila.

O Carnaval do Povo é uma das mais conhecidas folias de rua do Amapá e recebe apoio do governo do Estado, através da Secretaria de Cultura (Secult), no valor de R$ 100 mil. "O governo mostra disposição em apoiar todos os segmentos do carnaval amapaense, não só o desfile das escolas de samba. Com o Carnaval do Povo, que é o carnaval de rua popular, não poderia ser diferente", argumentou o secretário Zé Miguel, que também esteve em Mazagão Velho.

O evento é organizado há quase vinte anos pela Banda Placa, liderada pelo músico Carlos Augusto, o "Carlitão". De acordo com ele, "o apoio do Estado é decisivo para a realização de um carnaval verdadeiramente democrático para a população".

O Carnaval do Povo ainda deve percorrer diversos pontos do Amapá e a apresentação principal acontecerá na praça Beira-Rio, na terça-feira de carnaval, após a passagem do bloco de sujos A Banda.

Museu

Outra novidade anunciada durante os 242 anos de Mazagão Velho foi a criação de um museu para abrigar as manifestações culturais do lugar. A criação do espaço - um sonho antigo da comunidade - deve acontecer a partir de convênio entre governo do Estado e Prefeitura de Mazagão.

Ainda na segunda-feira, o secretário Zé Miguel visitou residências de moradores tradicionais de Mazagão para tratar do assunto. Constatou que muito material da cultura de Mazagão Velho, que poderia estar exposto, se encontra espalhado em vários lugares, como é o caso das indumentárias e espadas dos figurantes da Festa de São Tiago, imagens religiosas antigas e diversos outros itens.

O secretário lamentou ainda a informação de que o material coletado nas escavações arqueológicas feitas em Mazagão Velho em 2006, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foram levados para outro Estado sob o argumento de que o Amapá não tinha um espaço físico específico para guardar esse tipo de acervo. Segundo o gestor, uma realidade que precisa ser mudada urgentemente.

"Esse material deveria estar exposto para o visitante, fora da época das festividades. Mazagão Velho é o celeiro da cultura amapaense e precisa de um espaço para guardar tudo isso", pondera dona Joaquina Jacarandá, 59, uma das principais organizadoras das festas religiosas de Mazagão Velho.

Nenhum comentário: