quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Audiência pública discute questões do garimpo no Platô das Guianas


POR: Everlando Mathias / Assembleia Legislativa do Estado do Amapá

Após a extinção dos garimpos de Serra Pelada e Cripurizão, no Estado do Pará, centenas de homens e mulheres, acabaram ultrapassando as fronteiras do País, refugiando-se no Suriname, na Guiana e na Guiana Francesa em busca de uma vida melhor com os ganhos do garimpo. Essa busca pelo ouro têm sido motivo de grandes conflitos e mortes. Nos últimos dois anos a Assembleia Legislativa (AL) do Amapá, abraçou a causa através da Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Estado (CRE), com a finalidade de buscar soluções para os brasileiros, principalmente os amapaenses que residem de forma ilegalmente nessa região.
Na manhã de segunda-feira (6), autoridades do Estado do Amapá, Suriname e das guianas, estarão reunidos na Assembleia Legislativa, onde será realizada a primeira grande audiência pública que vai discutir o tema: Garimpo no Platô das Guianas.
De acordo com o presidente da CRE, deputado Isaac Alcolumbre (DEM), durante a audiencia publica, uma comissão será formada por membros do Brasil e dos países do Platô das Guianas. “Essa comissão, terá o prazo de seis meses para apresentar um plano de contigenciamento para solução da questão do garimpo nesses países”, explica Isaac Alcolumbre, informando que a comissão bi-partite será formada por cinco brasileiros e cinco franceses, que estarão assinando um protocolo de intenções entre a Assembleia Legislativa e o departamento da Guiana Francesa.
Segundo dados extraoficiais, cerca de 20 mil brasileiros vivem em situação precária nos garimpos do Suriname. O país tem uma população de cerca de 500 mil habitantes, e sua economia é baseada, principalmente, na mineração.
Hoje segundo dados não oficiais, vivem entre 50 a 60 mil brasileiros nos países ultramarinos: Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa.
Ao longo dos últimos dois anos a Assembleia Legislativa, enviou representantes para conhecerem as minas do país vizinho e a realidade dos imigrantes brasileiros. “São homens e também mulheres que não têm sua situação regularizada e estão sob controle de milícias e máfias dos garimpos”, frisou Isaac Alcolumbre.

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