O Código de Ética Médica em seu capitulo IV que trata Direitos Humanos, menciona no Art. 23 que veta o seguinte comportamento médico, “tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto”. Infelizmente nossos profissionais médicos não vêm tratando os pacientes de forma digna e humanizada.
Somente em 2011, a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde recebeu 11 denúncias referente a postura do profissional médico em hospitais da rede pública de saúde.
Grávida de 3 meses, a senhora Mayra da Silva, passou por um experiência não muito agradável em sua consulta de pré-natal. Segundo ela, ao buscar o serviço em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), a sua consulta estava marcada para as 11h e a médica responsável por atender as grávidaschegou na UBS as 12h:15, aproximadamente.
“Tinha entorno de cinco mulheres que chegaram a unidade de saúde cerca de 9h da manhã para passar pela triagem e só depois ser encaminhada para o atendimento médico”, explica a dona de casa.
Mayra reclama ainda, do atendimento feito pela profissional. “Ao entrar na sala, a médica não esboçou nenhum sentimento humano. Irritada, ela (médica) me tratou de forma totalmente ignorante, deixando de mencionar como o meu bebê estava e quais medicamentos eu deveria tomar”, completa. Decepcionada, Mayra irá mudar de obstetra para dar continuidade ao seu pré-natal.
No Amapá, um profissional médico detém de um salário entorno de R$ 18 a 20 mil.Com esse salário deveriam ser mais atenciosos na hora do atendimento. Todo profissional deve atuar de forma responsável na área a qual escolheu. Em se tratando de um profissional da medicina, sua responsabilidade deve ser em dobro, pois, atua com vidas humanas. Se um salário como este não incentiva este profissional a atender de forma humanizada, o que poderá então mudar seu comportamento?
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