ARTIGO: ARCAS DAS LETRAS: O FUNCIONAMENTO DO PROPRAMA NAS COMUNIDADES RURAIS DO AMAPÁ
AUTORIA: CLAUDIONOR DOS SANTOS E RAIMUNDO GARCIA BRITO
Para Milanesi (1983, p. 16), a história da biblioteca consiste no registro da informação, sendo impossível destacá-la de um conjunto amplo: a própria história do homem, na medida da produção do registro informativo. O homem engendrou sistemas tão rudimentares quanto às informaçãos registradas, para não dispersa-las. Era preciso reter a informação sobre algum suporte concreto; conseqüentemente tornou-se imprescindível a preservação desses suportes, os documentos, bem como a organização deles. Quanto mais documentos produzidos, maior a exigência de controle.
A biblioteca é instrumento de apoio indispensável ao desenvolvimento das pesquisas dos alunos e de qualquer pessoa que deseja adquirir novos conhecimentos, merece atenção especial das escolas, instituição e do governo, seja na adequação do seu espaço físico, bem como na qualificação de seus recursos humanos.
A formação intelectual do Brasil, com o seu analfabetismo endêmico, mostra algumas características peculiares. Milanesi (1983, p. 24-25) explica que os jesuítas, como instrumentos apostólicos, trouxeram os livros para evangelizar e colonizar ações que se confundem. Fora do fardo dos filhos de Santo Inácio, os livros enfrentavam no Brasil algumas barreiras alfandegárias. Os portugueses foram sempre rigorosos com a publicação e circulação de impressos. Desde 1536, qualquer impressão de livro passava por três censuras: Santo Ofício e Ordinário (da Igreja Católica) e do Desembargo do Paço (poder civil).
Assim, os jesuítas realizaram uma ação missionária em cristianizar os nativos daquela época. Pensando em retirar boa parte daqueles nativos da preguiça, da indisciplina e da desorganização onde vivia. No entanto, muitos das regras foram adotados na questão de melhorias dos nativos em adaptação vividas em outro país como a Europa. As missões dos jesuítas no Brasil foram de extrema importância para os nativos, além de aprender a ler foram feito outros tipos de serviços todos sendo administrados pelos jesuítas.
“A Reforma do Ensino de 1971 decretou, oficialmente, a prática da pesquisa na escola. E como pesquisar supõe livros, a biblioteca passou a ser procurada pelos estudantes do primeiro e do segundo graus” (MILANESI, 1983, p. 39).
Os professores adotam um modelo de pesquisar como um ato de obrigatoriedade em funções que requer discursar sobre muitos temas de acordo com o plano de aula. A maior parte das nossas escolas funciona dentro de regras que leva o aluno a fazer um discurso de acordo que o professor deseja. A aula torna expositiva e fica uma rotina, é por isso que a maioria dos professores já tem a matéria gravada na ponta da língua ao aluno resta somente ouvir referencias citadas pelo professor.
Milanesi (1983, p. 54) fala que a partir de 1971 as bibliotecas foram praticamente, transformadas em bibliotecas escolares. É nessa data que as pesquisas passaram a ser constituir numa obrigação escolar. E como os estabelecimentos de ensino não dispunham de bibliotecas em condições mínimas de uso, as bibliotecas públicas, sempre um pouco melhores, passaram a receber os estudantes. Daí nasceu à necessidade de adaptar a velha biblioteca pública a essa nova demanda. A primeira medida foi à compra de obras adequadas; as enciclopédias. Antes dessa drástica mudança, a biblioteca pública era uma iniciativa que tinha claras intenções de aprimorar a vida cultural do município ou até mesmo de estimular a boa leitura.
Todas estas medidas tornaram a transformação das bibliotecas públicas em um novo papel na fase da educação do Brasil. Muitas das medidas tornaram fácil para o uso dos serviços nas escolas e também tornou uma obrigação em adquirir novas obras didáticas para aumenta a visita dos alunos. No entanto, a biblioteca na escola ficou sendo um caminho mais adequado para o aluno pesquisar, estudar e fazer suas reflexões, sendo que muitos dos alunos que procuram uma biblioteca não têm condições de compra livros.
A instrumentação da educação, algo mais que a simples preparação de quadros técnicos para responder às necessidades de desenvolvimento de uma área depende da harmonia que se consiga entre a vocação ontológica deste “ser situado e temporalizado” e as condições especiais desta temporalidade e desta situacionalidade (GADOTTI, MARTIN, 1979, p. 61).
A formação do Brasil implica necessariamente na estruturação de nosso modelo de ensino porque desde os primeiros anos de nossa descoberta sofremos da falta de estrutura e investimento nessa área. Contudo, além do componente histórico que parece ser de comum aceitação, aparece o problema do modelo pedagógico adotado.
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