terça-feira, 4 de janeiro de 2011

De que forma a cultura do Marabaixo sobrevive até os nossos dias?

RETIRADO DO TCC: A CULTURA AMAZÔNICA, EM ESPECIAL A DO AMAPÁ E
A IMPORTÂNCIA DO MARABAIXO PARA O FOLCLORE LOCAL

AUTORIA: CLAUDIONOR DOS SANTOS

Vinte e três pessoas (46%) responderam que o Marabaixo é tradição, o folclore é repassado de pai para filho, ou de geração em geração, tal como ocorre na família do Senhor Raimundo Lino Ramos (Pavão), um dos maiores precursores do Marabaixo no Estado, que repassou os conhecimentos da cultura somente para sua família, e a maioria não deixa morrer o ciclo. Fizeram questão de afirmar que o Marabaixo sobrevive com muita luta, ajuda de parentes, amigos, festeiros e com a determinação e a união dos grupos folclóricos.
Já doze pessoas (24%), responderam que o Marabaixo sobrevive através de ajuda e patrocínio do Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Macapá, empresas privadas, festeiros e das pessoas antigas do bairro do Laguinho, antiga Favela.
Cinco pessoas (10%) responderam que sobrevive com muita dificuldade, precariedade e muito esforço de quem faz e se dedica à cultura desse estado. Três pessoas (6%) responderam ao contrário das opiniões citadas acima que o Marabaixo sobrevive através das ladainhas e festas populares e danças folclóricas, com ajuda dos organizadores do evento.
Outras três pessoas (6%) responderam que o Marabaixo sobrevive através de divulgações da cultura realizadas nas escolas, nos grupos existentes, e nos encontros dos Tambores.
Mais duas pessoas (4%) afirmaram que o Marabaixo sobrevive através da união existente dos grupos folclóricos, que hoje se destacam dentro de todo o Estado, passando de geração a geração a cultura do Marabaixo.
E por fim, as duas pessoas que restaram (4%) responderam que o Marabaixo vive de busca do resgate da cultura do Estado do Amapá, focalizando as suas origens negras dentro do Estado.
Segundo Fernando Canto, no seu livro “A Água Benta e o Diabo”, o Marabaixo, precariamente, a festa existe no bairro do Laguinho, conhecida com a festa do Divino Espírito Santo e Santíssima Trindade, vem nos dias atuais sobrevivendo das resistências e tradição pela comunidade negra, dita, assim enquanto festejo marcado no calendário de eventos e pela reverência aos santos (1981, p. 15). Percebe-se que o Marabaixo é uma cultura que sobrevive a duras penas com o esforço de um pequeno grupo de pessoas que lutam para que esta cultura não morra.

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