POR: Márcia Corrêa- ASCOM - Confraria Tucuju
Só agora, a nove dias da data de aniversário de Macapá, 04 de fevereiro, a Prefeitura respondeu negativamente ao ofício encaminhado em dezembro de 2010 pela Confraria Tucuju, contendo o projeto da festa da cidade. Resgatada há 14 anos pela Confraria, a data é tradicionalmente comemorada com grande festa, durante o dia inteiro, no centro histórico de Macapá, quando um bolo de 25 metros e uma farta feijoada são distribuídos gratuitamente para a população após o encontro das bandeiras, protagonizado pelos grupos de Marabaixo.
Além do bolo e da feijoada, a Confraria realiza o almoço dos pioneiros, matriarcas e patriarcas das famílias mais antigas da cidade. No final do dia um grande show com ritmos da cultura popular encerra o evento no Largo dos Inocentes. No contexto da festa está incluída ainda a Batalha de Confetes, resgate dos antigos carnavais, realizada no último final de semana de fevereiro. Toda a programação está orçada em R$ 81 mil.
“A Prefeitura tem sido a principal parceira da Confraria nesta festa há 14 anos, por iniciativa dela própria, que procurou os então dirigentes propondo apoio, em reconhecimento à importância cultural e social do resgate feito pela nossa entidade. Antes da Confraria, o aniversário de Macapá passava em branco. Infelizmente, para nossa tristeza, este ano recebemos um não como resposta”, explica a presidente da entidade, Telma Duarte.
O orçamento da festa da Confraria, com detalhamento de custos, foi divulgado para jornalistas e sócios. “Nossa festa tem custo baixo porque temos responsabilidade com dinheiro público. O orçamento está à disposição para quem quiser ver. Só lamentamos a demora na resposta da Prefeitura, o que praticamente inviabiliza a nossa festa. Lamentamos também o fato de que a cultura é sempre a primeira a ser penalizada”, diz Telma.
No ofício entregue à presidente da Confraria, a Prefeitura alega falta de recursos para manter a parceria, mas informa que vai realizar uma festa paralela em frente ao Mercado Central de Macapá. “Não compreendemos porque essa divisão. Nossa festa é aberta a todos, recebe todas as autoridades e reconhece o papel dos parceiros e patrocinadores em todos os momentos”, lamenta Telma. “Nos resta informar aos 200 sócios, para quem enviaremos cópia do ofício da PMM, e à comunidade sobre a resposta da Prefeitura”, finaliza ela.
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