quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EXTRA DA SEMANA - MENINO DE 5 ANOS SERIA ENTERRADO EM CAIXÃO DE ADULTO








Como se não bastasse o sofrimento da família pela morte do menino Harrison Rafael Gonçalves Assunção, de 5 anos, assassinado no último domingo (07), no bairro Araxá, por um foragido do Iapen, de nome Anderson da Silva Frazão, vulgo ``PAIAKAN``, com um tiro na cabeça, os pais passaram por momentos mais difíceis ainda.
Após a morte, a família de Harrison recorreu a Secretaria de Mobilização e Inclusão Social – Sims, para solicitar o funeral do garoto. A Secretaria liberou a entrega de uma urna simples com velório e funeral, que seria realizado por uma empresa contratada pelo Governo do Estado, a Funerária Santa Terezinha.
Mas, nem tudo transcorreu como deveria. A família ao chegar à Empresa foi avisada que só havia caixão de adulto no local e, que, Harrison teria que ser enterrado em uma urna bem maior que ele. Fato esse que revoltou a todos que sofriam pelo assassinato brutal e covarde da criança.
Segundo informações da Sims e da família, a justificativa do gerente da Funerária Santa Terezinha, localizada na Avenida General Ozório, 1235, no bairro Jesus de Nazaré, era que o único caixão para crianças existente no local estava com defeito e sem condições de colocar um corpo. Os responsáveis ainda foram alertados que, caso quisessem a urna deveriam escolher uma de adulto. Ressaltando que quem paga por esses serviços é o Governo do Amapá e nada está sendo feito de graça para a população.
O garoto ainda chegou a ser colocado na urna e permaneceu até o final da tarde de segunda-feira (08). Mas por solidariedade de um amigo, que comprou o caixão menor e doou a família, o pequeno Harrison pôde ter um funeral descente, depois de tudo que aconteceu. Nem a revolta e as denúncias dos pais e tios adiantaram para que a funerária, que tem por obrigação ter e ceder à urna no tamanho adequado mudasse essa situação de irresponsabilidade e falta de respeito para com a população mais carente.
A Secretária da Sims, Ely Almeida, informou que, realmente, esse fato aconteceu e gerou mais um problema, pois a família queria fazer a conservação do garoto para ser enterrado na terça-feira (09), pela manhã, já que alguns parentes estavam vindo de outra localidade para o funeral. Porém, esse serviço não faz parte do acordo da empresa com a Sims e a funerária Santa Terezinha cobrou R$ 400,00 da família, valor esse muito alto para quem já estava buscando auxílio social.
Contudo, com a ajuda de parentes e amigos, os pais de Harrison conseguiram realizar o enterro do garoto com dignidade, pois se dependesse dos serviços da empresa, a criança teria o funeral realizado de qualquer jeito.



Nenhum comentário: