Por Eduardo Neves
A cada dia está mais difícil a permanência do atual secretário de educação, Adauto Bitencourt à frente da pasta. Na manhã, desta terça-feira, 23, vários deputados pediram em plenário da Assembleia Legislativa do Amapá, o afastamento imediato do secretário.
O assunto foi levantado na sessão, pelo deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB/AP), que em discurso no grande expediente relatou detalhes do escândalo envolvendo o secretário, que foi tornado público na última sexta-feira, 19, através da denúncia à justiça pela Promotoria de Investigação Civil e Criminal (PICC), que aponta que no período de sete anos, teria havido desvio de R$200 milhões de reais dos cofres públicos.
Camilo Capiberibe ao discursar, disse que o Ministério Público Estadual, criou uma força tarefa para investigar o caso a partir de uma denúncia protocolada no MPE apresentada pela comissão de Educação da Assembleia Legislativa. E o Ministério Público, após extensa investigação, constatou a existência de uma organização criminosa, comandada, segundo o promotor Éder Abreu, pelo secretário Adauto Bitencourt, então não há mais condições políticas para a permanência do secretário no cargo, disse Camilo.
O deputado do PSB disse ainda que a insistência em manter Adauto no cargo poderia levantar a suspeita na sociedade amapaense de que o governador teme que o secretário fale tudo o que sabe. Deputados da base afirmam que em privado Bitencourt não esconde que tudo o que fez foi por ter sido mandado. Essa informação apenas fortalece as suspeitas na oposição quanto à insistência do governador em manter o desgastado Bitencourt no cargo.
O deputado estadual Moisés Souza (PSC/AP), disse que o dinheiro que era pra pagar a merenda escolar foi usado para o pagamento das empresas de segurança. Dos recursos referentes há 11 meses que eram para ser repassados para a merenda escolar, apenas três foram repassados para o Caixa Escolar e hoje, as nossas crianças estão sem merenda escolar, enfatizou Souza.
Diante das denúncias, o deputado Rui Smith (PSB/AP), estranhou a atuação do presidente do sindicato dos servidores da Educação, Aíldo Silva. Essas denúncias foram feitas a mais de nove meses e que o Aíldo fez? Foi encobrir com o tal do Plano Pedagógico que até agora não saiu do papel, criticou o deputado.
O parlamentar socialista lembrou que o atual secretário Adauto Bitencourt, foi o coordenador de campanha na reeleição do governador Waldez Góes (PDT/AP), em 2006. Será que esse dinheiro desviado não teve como destino o caixa 2 de campanha?, perguntou Smith.
Ao finalizar, o deputado Camilo protestou pelo sucateamento das escolas públicas no Estado. Falta dinheiro para a reforma das escolas das áreas indígenas do Oiapoque. Em Macapá a escola Augusto dos Anjos está caindo na cara de todo mundo, no bairro do Laguinho, e o secretário diz que não tem recursos, desabafou.
CONTATO: Eduardo Neves Assessor de Imprensa do deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB/AP) 8117 2883 // 9142 6546.
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