POR: Renivaldo Costa
Dezenas de assaltos e agressões estão ocorrendo toda semana na entrada
do bairro Brasil Novo, na zona Norte, sem que nenhuma providência seja
tomada pelas autoridades. Um dos trechos mais violentos é o quem fica
ao longo da BR-156, logo após o bairro Boné Azul.
Ao longo desse perímetro, forma-se um verdadeiro "corredor da morte",
pois a falta de iluminação e o declive na pista (que reduz a
velocidade de veículos como bicicletas), torna o ambiente propício
para agressões. Os bandidos se escondem num matagal que se forma em
frente a uma área do Ibama e lá aguardam suas vítimas.
No último final de semana, Manoel Ribeiro, de 34 anos, quase perde a
vida. Por volta das 19h, ele retornava do trabalho para casa, quando
foi surpreendido por dois assaltantes. Os bandidos queriam levar a
bicicleta e atacaram Manoel com pedaços de pau. Ele teve lesões na
testa, na nuca e no nariz. Por sorte, um casal passava pelo local em
um carro no momento da agressão e afugentou os bandidos.
Relatos semelhantes são feitos todos os dias no Hospital de
Emergências e nas Unidades de Pronto Atendimento. Os moradores já
solicitaram iluminação pública para a Companhia de Eletricidade do
Amapá (CEA), que argumentou não poder realizar o serviço por se tratar
de rodovia federal. "Estamos à mercê dos bandidos. E a CEA argumenta
que não pode iluminar um trecho de pouco mais de duzentos metros.
Assim, ela torna-se conivente com os crimes", opina a dona-de-casa
Rosiane Cardoso Belfor, moradora do Brasil Novo.
Ela também relata que o único posto policial que existia no bairro foi
desativado há duas semanas. O posto foi inaugurado em novembro do ano
passado, juntamente com uma praça, atualmente depredada. "O posto não
funcionou sequer três meses. Um policial nos disse que o comando da PM
havia solicitado o fechamento do posto e o deslocamento da guarnição
que atendia o Brasil Novo para o Lago da Vaca", relata um morador que
prefere não ser identificado.
Como se não bastasse a falta de segurança, o bairro Brasil Novo
contabiliza hoje o maior número de casos de dengue do Estado. Metade
dos registros da capital estão no local. Mesmo assim, não há médicos
no Posto de Saúde e nem um atendimento específico para os casos de
dengue. O Centro de Saúde mais próximo e apto para atender os casos
fica no bairro Jardim Felicidade.
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