quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Região do Pacuí vai ganhar Centro Tecnológico de Biodíesel

A Escola Família Agrícola de São Joaquim do Pacuí está sendo adaptada e reformada, para a implantação de um Centro Vocacional Tecnológico de Biodíesel. Convênio entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Governo do Estado do Amapá, foi assinado na quinta-feira, 05, em Macapá.
A implantação do Centro, orçado em R$ 600 mil, investimentos do MCT (R$ 400 mil) com contrapartida de R$ 200 mil do Governo do Amapá, vai ser operacionalizada pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec) e Universidade do Estado do Amapá (Ueap). Caberá à Universidade a execução do projeto em todas as fases, desde operacionalização dos laboratórios, assim como o corpo docente. Os alunos receberão, no final dos treinamentos, certificados de qualificação profissional.
Segundo o secretário da Ciência e Tecnologia do Estado, Aristóteles Viana, o primeiro produto a ser utilizado na pesquisa do biodiesel após a implantação do Centro Tecnológico, é o inajá.
O projeto do Centro de Biodíesel, que teve aprovação do MCT, foi elaborado pela técnica da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Márcia Gonçalves Romero, que é gerente do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento da Setec.
O novo Centro vai dispor de um laboratório experimental de produção de biodíesel e um laboratório de apoio ao ensino na área de Física, Química e Biologia. A escolha da região do Pacuí para desenvolvimento do projeto, se deu em razão do local apresentar todas as características do desenvolvimento sustentável dos produtos, assim como o perfil da própria Escola Família, propício para plantio, replantio e a cadeia produtiva do inajá.
Inajá
Pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Produção Agropecuária (Embrapa) do Amapá, indica que a palmeira inajá (maximiliana maripa Aublet Drude) é uma espécie promissora e estratégica dentro do Programa Nacional de Produção e Usos de Biocombustíveis, pois preenche os quesitos relativos a desenvolvimento regional, inclusão social e preservação ambiental.
A espécie, muito comum no Estado do Amapá, principalmente na região do Pacuí, pode produzir mais de 3,5 litros de óleo por hectare, ficando bem à frente, por exemplo, de outros concorrentes como dendê (2 mil litros por hectare), pinhão manso (2 mil litros) e mamona (750 litros).

Edgar Rodrigues
Assessor de Comunicação
Núcleo de Jornalismo Institucional
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