São Paulo – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, classificou como “inoportuna e absolutamente inadequada” a votação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e aumenta o valor da hora extra de 50% para 75% sobre o valor da hora trabalhada.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 19 de agosto, durante o 3° Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, em São Paulo. Monteiro Neto alinhou três razões pelas quais considera imprópria a votação da PEC, que será debatida por empresários, dirigentes sindicais, economistas e parlamentares no plenário da Câmara na próxima terça-feira, 25 de agosto.
“Em primeiro lugar, por conta da crise. Segundo, porque redução de jornada de trabalho deve ser feita por negociação, setor por setor. Terceiro, e mais inoportuno ainda, porque estamos em ano pré-eleitoral”.
Segundo o presidente da CNI, “emprego não se cria por força de lei”. Ele assinalou que as peculiaridades de cada um dos setores da economia deveriam ser levadas em conta na hora de se decidir por uma redução da jornada e, por isso, cada categoria de trabalhadores deve negociar com as empresas do seu setor.
“Na indústria, há setores que já possuem jornadas de trabalho menores, de 40 horas, e até menos. O que está errado é querer reduzir a jornada pela via da imposição legal, que vai equiparar a pequena empresa de confecção a uma empresa intensiva em capital. Como uma pequena empresa poderá se colocar no mercado?”, questionou Monteiro Neto.
Fonte: CNI
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