Documentário I terá exibição televisiva, já estando garantida difusão em Portugal, por meio da Rádio Televisão Portuguesa (RTP)

FONTE: DIARIO DO AMAPÁ

Uma equipe de cineastas da Produtora Bando À Parte de Portugal chegou a Macapá no domingo, 12, para produzir o documentário “Mazagão, migração de um mito, que tem apoio do Instituto de Cinema e do Audiovisual (ICA) e do governo do Amapá.. A rodagem de filmagem ocorre de 12 a 30, no Brasil. Em Macapá, foram feitas filmagens nos dias 12 e 15 com a procissão de São Tiago, a partir daí, a equipe se deslocou a Mazagão Velho e Mazagão Novo, onde farão o acompanhamento da Festa de São Tiago, a maior manifestação cultural da po-pulação.
A equipe é constituída por quatro cineastas, Ricardo Freitas (produtor), Ricardo Leite (diretor), Jorge Quintela (diretor de fotografia), Pedro Pestana (diretor de som). O documentário relata desde a origem marroquina até a fundação da cidade de Mazagão Velho, abordando a manifestação cultural, o costume, a tradição, a origem da Festa de São Tiago e o dia-dia do povo que vive no município.
Além do ciclo de festivais cinematográficos, o documentário terá exibição televisiva, estando desde já garantida a difusão em Portugal através da RTP (Rádio Televisão Portuguesa). Quanto à difusão internacional existe o interesse de várias cadeias e contatos estabelecidos com canais de vários países dos quais destacamos o Arte, Discovery Channel e Channel 4.
A idéia do filme surgiu em novembro de 2008, durante o Congresso Internacional de História realizado em Lisboa (Portugal), quando foi estabelecida parceria com os doutores Katy Motinha e Mauro Branch no sentido de elaborar juntos a produção deste filme envolvendo todas as questões relacionadas a rodagem no Brasil e posteriormente a filmagem em Lisboa (Portugal) e Marrocos.
Sinopse - O cenário para o filme documental Mazagão Migração de um Mito começa a formar-se em 1505, com as primeiras tentativas para a fundação de uma cidadela na costa marroquina. Essa cidade se tornaria em poucos anos uma fortaleza inexpugnável, na vanguarda da arquitetura e engenharia militar da época. Esta cidade portuguesa instalada na África, resiste a constantes ataques durante 250 anos.
Posteriormente a coroa portuguesa decide migrar uma cidade inteira para o Brasil, e fundar uma nova Mazagão, em meio às florestas amazônicas. Uma travessia épica pelo Atlântico, velejando depois em canoas pelos rios Amazônicos onde passam grandes dificuldades. Alguns fogem, muitos morrem de doença. Não chega a ocorrer confronto, os soldados sentem-se frustrados, o projeto não faz sentido, a nova Mazagão ameaça ruir. Porém, em conjunto com as povoações indígenas e negras, ressurge a nova cidade de Mazagão.
Desde o século XVII até os dias atuais a Festa de São Tiago é celebrada, onde é simbolizado o confronto entre mouros e portugueses, no meio da floresta, cavalos e homens teatralizam as batalhas travadas em solo marroquino.
A música é um elo entre Portugal, Marrocos e Brasil, e traça uma linha entre os três universos, no passado e no presente. É neste universo mitológico e histórico, imagética e sonoramente riquíssimo que se passa Mazagão, Migração de um Mito. "Relembrar Mazagão é fazer renascer mais uma vez, é fazê-la figurar no mapa da nossa memória, não só da memória portuguesa, mas também da brasileira e marroquina, pois esta é uma história universal, que sintetiza esse mosaico simbólico, multicultural e multireligioso", afirmou o produtor do filme, Ricardo Freitas.