quarta-feira, 23 de julho de 2008

UM FINAL QUE PODE SER TORNAR TRISTE

Por: Claudionor dos Santos

Muitas mulheres se arriscam fazendo abortos, através de medicamentos, chás naturais, simpatias e consultar clínicas clandestinas. Afinal de quem é a culpa? Elas são vítimas do Estado? Da religião? Da moral? Da família?
Se publicarmos todas as mulheres que se submetem os abortos clandestinos em todo o Brasil e principalmente no Amapá todos os anos, daria para povoar uma outra cidade. As mulheres que optar por interromper uma gestação não desejada, corre o risco de morte. Antes de ser uma questão moral, o aborto no País é um desafio para a saúde pública.
Isto é uma realidade cruel e amarga, que pode atingir todas as mulheres em idade fértil, e ainda pior para a classe mais pobre. No caso de uma atividade hoje ilegal, como o aborto proibido pela religião, constituição brasileira e pela área de enfermagem, a desigualdade social pode significar o limite entre a vida e a morte. Quem pode paga para uma equipe médica competente interromper a gestação sem correr risco? E quem não pode? Tem como opção arriscar a vida tentando interromper a gravidez ao tomar chás e remédios suspeitos ou, pior ainda, procurando clínicas clandestinas precárias, que cobram pouco e estão cheias de pessoas despreparadas.
“Já realizei quatro abortos, isto foi por que eu ainda não tive condições de ter uma família com filhos, meu namorado tem somente 17 anos e não somos orientados para planejar uma gestação correta. Nos dois somos desempregados e minha família descobrir que estou grávida de algum filho do meu namorado, vai me botar fora de casa, e isso eu tenho medo, tanto das duas famílias não aceitar a minha gestação. Tenho a maior vontade de ter um filho, principalmente da pessoa que mais eu amo, mas infelizmente ainda não posso”, triste comentou a menor M. S. S, do bairro dos Congos.
A média é de 2,07 de abortos induzidos por grupo de 100 mulheres o que eleva a prática à terceira causa de mortalidade materna em todo o País. As complicações são ainda maiores e se tornar o quinto maior motivo pelo quais as mulheres são internadas nos serviços públicos.
“As mulheres que provocam abortos são da maioria da classe média e muitas são pobres e sem uma orientação adequada para iniciar uma gravidez. Antigamente não tinha como evitar uma gestação desejada mais hoje tem muitas opções e o mais barato e adequado é o uso dos preservativos, anticoncepcionais, e ainda quem tem condições financeiras pode ate introduzir outros meios como o Diu. Nos posto de saúde são realizados palestras e orientação médica acompanhados de um psicólogo, para que a mãe possa ter maior segurança em sua gravidez”, explicou Mario Ribeiro, Enfermeiro.
No Congresso Nacional, as propostas de mudanças na lei estão emperradas, com políticos temerosos em perder votos a discussão sobre o tema. Enquanto isso. Muitas mulheres, em média, têm como o destino, todos os dias, a internação na rede pública de saúde em decorrência de abortos realizados por vários meios.
“Mulheres que passam por um aborto, legalizado ou não, precisam de acompanhamento psicológico. Estudo já feito, aponta que as reações psicológicas derivados da interrupção de gravidez ocorrem tardiamente. Este padrão faz com que seja difícil delimitar, avaliar e caracterizar o problema. As reações observadas em algumas mulheres podem ser comparadas à desordem ansiosa pós-traumática ou reprimem a experiência, os desajustes podem incluir notáveis descontrole emocional quando está próxima a criança, medo de médicos ou incapacidade de tolerar um exame ginecológico rotineiro”, disse o Wladimir Peres, psicólogo.
A pressão de colocar uma vida no mundo levar a maioria das mulheres a pensar vários motivos psicológico, uns deles é segurar a pessoa que tanto ama, e a outra e o medo de ser julgado pela família, amigos e visinhos. Por isso o correto é ter a relação com o preservativo, evitando assim uma gravidez indesejada e evitando doenças transmissíveis.



CONTATOS: 096 / 9981-9001

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